As semanas dos dias 9 a 19 de agosto ficaram registradas com a maior feira internacional do livro em São Paulo, a famosa Bienal do Livro. Impossível deixar de “saborear” um espaço daqueles, recheado de cultura, criatividade, talentos e muitos neurônios disputando um exemplar ao seu gosto. Diferente da Bienal anterior, fui com o intuito de conhecer os materiais acerca das Ciências Biológicas, o qual me surpreendi com a vasta quantidade deles. Comparando com as outras áreas, ciências e artes estão sempre em constante evolução. Elas têm a sua história, teorias e práticas, mas quanto mais o tempo passa mais elas têm a nos oferecer. E isso foi bem explorado na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2012. Inúmeros materiais, muitos deles voltados ao público infantil e infanto-juvenil, mas que traz um quezinho de curiosidade em agradar os adultos também, afinal, informação não tem prazo de validade e pode ser adquirida em qualquer idade.
E foi assim que na maior parte da minha visita pude observar na feira em dois dias de visitação. Para os “Amantes da Vida”, foi um prato cheio, pois além da variedade, vimos também o quão eclético está o modo de leitura oferecido aos futuros leitores. Além dos livros tradicionais, com textos e gravuras, encontramos livros em 3D, metalizados, com texturas, sons, além de materiais digitais, mostrando que arte e tecnologia serão nossos eternos aliados em explorar as surpresas do nosso planeta.
Mas um fato curioso que me chamou a atenção foi a overdose de materiais sobre dinossauros! Impressionante ver estes exemplares em quase todas as editoras em que fiz os meus registros. Em todas as bienais eles estão presentes, em todas as festinhas de crianças eles viram presentes, mas este ano há uma “epidemia” do dinos por aqui. Mas qual seria tamanho fascínio por estas criaturas? Algum intuito especial em despertar nelas o olhar curioso sobre a ciência do passado? Ou sobre a ciência no geral?
Outra observação bacana também são as novidades em relançamentos de obras clássicas, como as ficções de Júlio Verne, presentes nas versões impressas e auditivas (audiobooks) que trouxeram, nas impressas, os quadrinhos para contar aos novos protagonistas da leitura o que os antigos leitores um dia já leram. Aproveitei a novidade e adquiri um deles (Passe o mouse sobre as imagens para mais informações).
E por falar em quadrinhos, o ponto forte neste segmento está por conta do Maurício de Sousa, que tem utilizado os seus personagens para disseminar informações relevantes ao nosso meio, com a série SAIBA MAIS, onde discute entre seus personagens os diversos temas voltados à educação ambiental e inclusão social, além de outros temas atuais. Bom saber que temos um artista brasileiro utilizando o seu poder de comunicação para trazer um aliado à nossa educação. Palmas para ele!
Os gibis podem ser adquiridos em bancas, livrarias ou pelo site da PANINI. Ideal para pais, professores e estudantes, afinal a linguagem da Turma da Mônica é universal.
E todos estes materiais estavam com preços bem acessíveis em relação à Bienal anterior e todas as editoras usavam o famoso “tantos % de desconto” para atrair o público, que no final, dava uma voltinha pelo stand até chegar na fila do caixa! E eu fiz isso várias vezes rsss
Uma conclusão é fato: o estímulo à leitura está em todo o lugar, visto a quantidade de editoras espalhadas por todo o país, inclusive o incentivo à leitura na área de ciências, com o despertar dos temas que atraem a garotada de ene maneiras, como é o caso dos dinossauros, além dos animais em geral. Mas a dificuldade em encontrar o caminho certo para que o objetivo seja alcançado é o que ainda impera entre nós, educadores, que por um lado mostramos algumas ferramentas, mas por outro, enfrentamos ainda uma nova geração de pais querendo que o professor seja a única ferramenta ao seu filho no processo de informação e formação, e um abuso de equipamentos eletrônicos que ainda não os administramos muito bem enquanto adultos, quem dirá com os filhos e alunos. Por isso a informação é e sempre será a nossa maior arma para a comunicação. Através dela, tudo o que precisarmos dizer será entendido, e qualquer pessoa será capaz de ler e escrever a sua própria história, com ciência, consciência e satisfação. Portanto, qualquer evento voltado à leitura e leitores em geral como a Bienal do livro e tantos outros espalhados pelo país, devem ser aproveitados e muito para explorar aquilo que eles podem tanto nos oferecer: As palavras! E a Biologia está repleta delas! Contudo, se a sua escola oferecer qualquer evento de incentivo à leitura, à escrita ou ao seu talento, valorize este momento e torne-o um grande acontecimento: Participe! Mas se não tiver, sugira, afinal, é a prática da comunicação que nos permite dar passos cada vez maiores em nossas vidas. #ficaadica
*Há outros títulos que não foram citados neste post, pois serão abordados com mais detalhes em posts futuros. Aguarde!
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